Na manhã desta terça-feira (3), a Polícia Militar (PM) e o Ministério Público do Estado de São Paulo deflagraram a segunda fase da Operação Castelo de Areia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em agiotagem nas cidades de Ribeirão Preto e Franca, no interior paulista.
Foram expedidos 17 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão contra integrantes do grupo, suspeito de emprestar dinheiro a juros exorbitantes e utilizar violência, ameaças e até intimidações com risco de morte para forçar o pagamento das dívidas.
A operação contou com o empenho de pelo menos 120 policiais militares, entre equipes do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) e da Força Tática, além da participação de agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público.
Segundo as investigações, parte do lucro da quadrilha era reinvestido no próprio esquema de agiotagem, enquanto o restante era transferido para empresas de fachada e utilizado na aquisição de bens de alto valor, como veículos de luxo e imóveis.
A Justiça autorizou os mandados após o GAECO reunir provas contundentes da atuação do bando, incluindo áudios e registros que demonstram a agressividade das cobranças, com diversas vítimas sendo ameaçadas de morte.
As buscas e prisões ocorreram simultaneamente em vários endereços das duas cidades e visam aprofundar a quebra do esquema financeiro da organização. A operação segue em andamento, com os alvos sendo encaminhados para unidades da Polícia Civil e Ministério Público, onde responderão pelos crimes de agiotagem, extorsão, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A segunda fase da Operação Castelo de Areia reforça o comprometimento das instituições de segurança pública e justiça no enfrentamento ao crime organizado financeiro no interior paulista.